Homem é preso por aplicar mais de 30 golpes em Pelotas desde 2013
Suspeito usava nomes de figuras conhecidas para pedir doações falsas e arrecadou dinheiro até para causas inexistentes envolvendo projetos sociais e forças de segurança
Um homem suspeito de aplicar uma série de golpes em Pelotas desde 2013 foi preso preventivamente nesta terça-feira (27), acusado de estelionato. A investigação da Polícia Civil aponta que o indivíduo utilizava identidades de pessoas influentes da cidade para solicitar dinheiro sob pretextos falsos, enganando empresários e moradores ao longo de mais de uma década.
O suspeito foi encaminhado ao Presídio Regional de Pelotas, onde permanecerá à disposição da Justiça do Rio Grande do Sul. A prisão foi motivada por um caso recente em que ele teria se passado por proprietário de um comércio local. Com essa falsa identidade, entrou em contato com outros empresários afirmando estar arrecadando fundos para uma suposta campanha em prol do projeto social “Remar Para o Futuro”. Um dos alvos chegou a transferir R$ 1.200 acreditando contribuir com a iniciativa.
As investigações também revelam que o homem já havia se passado por policial militar, usando inclusive recibos com o símbolo da Brigada Militar e uniformes de futebol para dar credibilidade ao golpe. Ele afirmava estar organizando uma caminhada beneficente chamada “Corrida do Choque”, evento que realmente aconteceu, mas sem qualquer vínculo com o suspeito.
Em outra ocasião, ele assumiu a identidade do ex-jogador de futebol Daniel Carvalho — conhecido por sua passagem por clubes como Internacional, Palmeiras e Atlético-MG, além da Seleção Brasileira. Apresentando-se como o atleta, atualmente diretor esportivo do Esporte Clube Pelotas, ele pedia dinheiro a empresários para a suposta compra de uniformes para um projeto social.
Segundo a delegada responsável pelo caso, já foram registradas pelo menos 30 ocorrências relacionadas ao mesmo suspeito, a mais antiga datando de 2013. Embora alguns dos primeiros golpes tenham ocorrido fora da cidade, a maior parte das fraudes foi praticada em Pelotas. As investigações continuam, e a polícia busca identificar outras possíveis vítimas.