Canguçu, terça-feira, 6 de maio de 2025
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Sociedade Riograndense de Infectologia emite alerta sobre a gravidade da pandemia no RS

A Sociedade Riograndense de Infectologia (SRGI) emitiu uma nota de alerta sobre o avanço do coronavírus no Rio Grande do Sul. Segundo a entidade informou no domingo (12), o estado vive uma grave situação epidemiológica. A nota afirma que “as medidas adotadas até o momento serão insuficientes para conter a pandemia” e, por isso, alerta para um colapso no […]


A Sociedade Riograndense de Infectologia (SRGI) emitiu uma nota de alerta sobre o avanço do coronavírus no Rio Grande do Sul. Segundo a entidade informou no domingo (12), o estado vive uma grave situação epidemiológica.

A nota afirma que “as medidas adotadas até o momento serão insuficientes para conter a pandemia” e, por isso, alerta para um colapso no sistema de saúde do estado.

O documento foi assinado por membros da diretoria da SRGI que fazem parte de comitê para doença (leia nota completa abaixo).

Nota da SRGI

  • Conforme dados oficiais da Secretaria Estadual de Saúde (SES), o Rio Grande do Sul atingiu mais de 35 mil casos de COVID-19 e mais de 800 pessoas perderam a vida;
  • Em Porto Alegre, foram confirmados mais de 4 mil casos e pelo menos 141 pessoas já morreram devido a COVID-19. No último mês houve um crescimento de 3 vezes do número de casos confirmados e mortes, sendo que o total de óbitos por COVID-19 duplicou nas duas últimas semanas;
  • A epidemia está em crescimento acelerado no Rio Grande do Sul, determinando impacto na capacidade de atendimento hospitalar, particularmente em Unidades de Terapia Intensiva;
  • A velocidade de propagação da epidemia gera demanda adicional ao sistema de saúde que já enfrentava sobrecarga prévia ao surgimento da epidemia, impactando na assistência a outras doenças.
  • A diminuição de recursos humanos por adoecimento de profissionais de saúde é uma realidade e agrava ainda mais a situação dos hospitais.

Neste momento crítico da pandemia é essencial afirmar que:

  1. É preciso evitar exposições preveníveis à COVID-19, estabelecendo como prioridade a defesa incondicional da vida das pessoas;
  2. Entendemos que as medidas adotadas até o momento serão insuficientes para conter a pandemia que está evoluindo para um grave comprometimento do atendimento de pacientes com COVID-19 e daqueles que apresentam outras doenças;
  3. É essencial que todos setores da sociedade – gestores, setores empresariais e de trabalhadores – planejem, desde já, estratégias para que a população, sobretudo os grupos mais vulneráveis, consiga enfrentar medidas de isolamento mais rigorosas que serão necessárias para efetiva modificação da evolução da pandemia;

  4. Esperamos que medidas mais rigorosas sejam consideradas e organizadas antes do atingimento do colapso do sistema de saúde, cenário que acarretará diversas mortes evitáveis.

Fonte: G1 RS