Canguçu, quarta-feira, 24 de abril de 2024
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Citado por Osmar Terra na CPI da Covid, ex-prefeito Cássio Mota rebate declarações do deputado

Na terça-feira (22), o deputado federal Osmar Terra foi chamado para prestar depoimento na CPI da Covid por fazer parte do suposto “gabinete paralelo” que assessorava o presidente sobre a pandemia. E citou Canguçu quando falou da experiência como secretário do governo do Rio Grande do Sul, no ano de 2009, e esteve à frente […]


Na terça-feira (22), o deputado federal Osmar Terra foi chamado para prestar depoimento na CPI da Covid por fazer parte do suposto “gabinete paralelo” que assessorava o presidente sobre a pandemia. E citou Canguçu quando falou da experiência como secretário do governo do Rio Grande do Sul, no ano de 2009, e esteve à frente da pasta que conduziu ações em relação ao enfrentamento da H1N1. O então prefeito do município, Cássio Mota, no entanto, afirmou nesta quinta ao Canguçu Online que o depoimento do deputado distorceu a realidade.

Na CPI, Terra disse que teve uma reunião com Mota. E, nas palavras do deputado, o ex-prefeito de Canguçu teria dito:

“Não vou reabrir (as escolas) porque a única coisa que mostra que estou preocupado com a saúde da população é manter as escolas fechadas. Se eu reabrir, vai parecer que não estou dando mais bola pra saúde da população”, disse, tentando reproduzir a fala de Cássio Mota.

O ex-prefeito, que junto à Azonasul optou por manter as escolas da Região Sul fechadas para evitar a proliferação da H1N1, rebateu as declarações. Segundo ele, o que foi dito por Terra não procede.

Imagem de arquivo (Foto: Liziane Stoelben / Canguçu Online)

“Não confirmo (ter reproduzido a fala dita pelo ministro), de forma nenhuma. Nesta época, nós tínhamos convênio com o hospital, tínhamos o pronto socorro, tínhamos toda uma rede que, inclusive fui eu mesmo que montei, rede de PFF, 25 atendimentos no interior, duas unidades móveis trabalhando, pronto atendimento 24h, auxílio ao hospital na ginecologia, obstetrícia, pediatria, na anestesia, enfim, nós estávamos, inclusive, fazendo o papel do Estado. Na época, o Estado atrasando o pagamento.

.O hospital já com dificuldades. Ele não conhecia a rede de saúde aqui de Canguçu. Nós tínhamos Raio-x, ultrassom, exames de urgência e emergência, no pronto atendimento, se tivesse uma necessidade, o hemograma era feito na hora, tínhamos eletrocardiograma, enfim, era uma rede muito bem montada. Não condiz (a fala do deputado), e toda população de Canguçu sabe do trabalho que nós tivemos em Canguçu“, informou o ex-prefeito.

Mota ainda afirmou:
“Ele é uma pessoa defende coisas que são indefensáveis, transferir as responsabilidades pra prefeito, pra governador, uma coisa que é tripartite, ou seja, tem responsabilidade a União, Estado e município ao mesmo tempo. Quando tem uma pandemia, eles têm que agir todos na mesma direção”.