Canguçu, quinta-feira, 25 de abril de 2024
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Canguçuense é voluntária do Centro de Valorização da Vida e ajuda pessoas em dificuldade

A canguçuense Cíntia Aline Santos concluiu o curso de Bacharel em Ciências Contábeis na Unopar de Canguçu no segundo semestre de 2018. Em 2019, ela entrou como voluntária no Centro de Valorização da Vida (CVV) e passou a participar dos plantões prestando ajuda para quem liga para o telefone 188. Como não temos posto físico […]


A canguçuense Cíntia Aline Santos concluiu o curso de Bacharel em Ciências Contábeis na Unopar de Canguçu no segundo semestre de 2018. Em 2019, ela entrou como voluntária no Centro de Valorização da Vida (CVV) e passou a participar dos plantões prestando ajuda para quem liga para o telefone 188.
Como não temos posto físico do CVV aqui em Canguçu, eu fiz todo o treinamento por Skype. Foram 13 aulas de 3 horas de duração cada uma.
Cíntia Aline dos Santos, em entrevista ao Canguçu Online.

Cíntia foi atraída pela causa ainda em 2018, após assistir a série americana 13 Reasons Why (13 Razões para Cometer um Suicídio) na Netflix, na qual o tema principal é o suicídio de uma estudante. Durante a série, é indicado o site 13reasonswhy.info para quem precisa de ajuda ou apoio. Ao acessar o site, um país deve ser selecionado e, no Brasil, o site cvv.org.br é indicado.

Eu me apaixonei pelo trabalho logo de cara e coloquei como meta que, ao concluir a faculdade, eu me inscreveria para ser voluntária. Em março deste ano eu fiz a inscrição pelo site e, após muitos estudos e treinamentos, comecei a fazer o atendimento da minha casa mesmo. É simples, precisa somente de computador com internet boa, fone de ouvido com microfone, um espaço reservado para fazer os plantões, e pelo menos 3 horas disponíveis por semana.

De acordo com Cíntia, o serviço exige disciplina e comprometimento. A rotina corrida que ela mantém diariamente não a impediu de estender a mão para ajudar pessoas que ´passam por dificuldades.

Eu trabalho o dia todo em um comércio aqui da cidade, então, realizo os meus plantões à noite. O que mais me chama atenção é justamente o fato de tantas dores emocionais poderem ser amenizadas com uma simples conversa. Estamos vivendo numa sociedade doente, em que tudo é mais importante que amar o próximo. Acredito que é justamente isso que está fazendo tantas pessoas adoecerem mentalmente: julgamentos, preconceitos, falta de empatia, muita falta de compreensão e de amor. Se as pessoas soubessem o quanto uma palavra de conforto, um ombro amigo, um “você não está sozinho” pode salvar uma vida, com certeza, as expressões “é frescura”, “é tudo mimi”, “não passa de preguiça”, “só quer chamar atenção” e “outras pessoas tem problemas muito maiores que o seu” seriam abolidas.

A canguçuense ainda comenta que a sua formação acadêmica e profissional (Ciências Contábeis) não tem relação com as áreas de Psicologia e Assistência Social, mas ela considera que fazer este trabalho voluntário de apoio emocional traz motivação para ser uma pessoa melhor e, por tantas vezes, ser a única companhia de alguma pessoas.