Canguçu, sexta-feira, 26 de abril de 2024
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Jacir Casarin: A Voz do Silêncio

Desde muito pequenos somos induzidos a compreender e usar 5 sentidos, se tratando da cultura ocidental isso é muito marcante. Em nossa tradição, os pais têm desejo que os filhos comecem logo a falar, é o sentido que faltava para comprovar que são saudáveis, estando então, prontos para interagir e compreender o mundo. Por mais […]


Desde muito pequenos somos induzidos a compreender e usar 5 sentidos, se tratando da cultura ocidental isso é muito marcante. Em nossa tradição, os pais têm desejo que os filhos comecem logo a falar, é o sentido que faltava para comprovar que são saudáveis, estando então, prontos para interagir e compreender o mundo. Por mais que o sentido da fala seja uma benção divina, poucos desenvolvem o dom de saber usa-la, devido isso fica muito difícil compreender que existe uma coisa chamada sexto sentido, intuição, conexão interior com o universo, entre outros nomes que podem ser relacionados.

A fala deveria ser observada com atenção, pois se trata de uma expressão que teoricamente já processou, e remete algo que os demais sentidos já captaram e estão divulgando, portanto existe um processo complexo por traz de cada frase pronunciada, algo que, por falta de intuição aguçada as pessoas não percebem, então se fala muito e, se tem pouco a dizer.

O sexto sentido nada mais é do que a sabedoria. É bom destacar que, inteligência se alcança usando os 5 sentidos, já a sabedoria não! Para chegar de fato ao sexto sentido, entre outras coisas, é preciso perceber quanto inculta é e sempre foi a comunicação, uma manifestação externa que espelha um vazio conteúdo interno. A observação na real necessidade de falar te tornará mais calando, não se identificará mais com os assuntos antes de seu interesse, é onde surge o silêncio, ele será o principal aliado na busca da sabedoria. Aos que não ouviram ou esqueceram a história das 3 peneiras na escola fica uma outra reflexão:

No aproximado ano de 500 a.C, com quase 70 anos, Sidarta Gautama (Buda) foi perguntado sobre o que havia ganho com seu silêncio e sua meditação! Percebendo a ignorância e o sentido materialista da pergunta do homem que se aproximou dele, Buda apenas manteve-se calado, o homem repetiu a pergunta, e como não teve resposta, irritou-se, esbravejou e depois afastou-se, sem que Buda se quer piscasse os olhos.

Mais tarde, quando reunido aos seus seguidores, percebeu que o homem estava disfarçando sua presença entre eles, e disse: Mais cedo fui perguntado sobre qual a melhor forma de lidar com um estupido?! Após quase uma hora de silêncio ele prosseguiu: Se meu objetivo na vida fosse acumular posses não teria abandonado o berço de ouro em que nasci! Ao longo de minha trajetória nada ganhei, apenas perdi! Novamente após longa pausa ele continuou. Perdi pelo caminho necessidade de ser aprovado e de julgar, perdi ansiedade, raiva, insegurança, medo da velhice e o temor da morte, e ainda fiz algumas trocas, troquei quilos de ouro por toneladas de sabedoria, troquei centenas de assuntos tolos que não eram meus, por milhares de pensamentos internos de luz, confiança, gratidão e Amor…

Fica reiterada aqui a necessidade e a responsabilidade da evolução, é hora de abandonar a personalidade artificial, que não tem nada a ver com a natureza interna ainda oculta pelo poder reativo criado perante o mundo externo. Reivindique em você o poder de sua sabedoria e da espiritualidade. O silêncio é o melhor despertador e esconde o maior dos tesouros!

07 de maio dia do silêncio
Dica: Assista no YouTube o vídeo: Tao – A sabedoria do silêncio interno
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metamorfosequantica@bol.com.br

”Experimente mudar a si, então descobrirá um novo mundo”.

SOBRE O AUTOR
Jacir Machado Casarin é natural de Canguçu, tem 39 anos e é estudante e praticante dos fundamentos de Mecânica quântica há pouco mais de um ano. É formado em tecnólogo em Gestão ambiental