Canguçu, sexta-feira, 26 de abril de 2024
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Eliézer Timm: caminhos para o crescimento econômico local

O ano de 2020 vai ficar marcado em nossa história. A covid-19 deixará profundas marcas no país e a recuperação da atividade econômica deverá ser lenta. Em Canguçu, além da pandemia, a estiagem e o aumento do IPTU corroboraram para a redução do nível de atividade comercial. Diante disso, cresce a necessidade de atender os […]


O ano de 2020 vai ficar marcado em nossa história. A covid-19 deixará profundas marcas no país e a recuperação da atividade econômica deverá ser lenta. Em Canguçu, além da pandemia, a estiagem e o aumento do IPTU corroboraram para a redução do nível de atividade comercial. Diante disso, cresce a necessidade de atender os anseios produtivos e propor uma reflexão para buscar alternativas que possibilitem uma recuperação vertiginosa da nossa economia.

O estímulo da demanda agregada para alavancar a economia é um consenso dentro da teoria econômica, podendo ser advinda pelo estado ou do mercado. No curto prazo a melhor resposta é propor um conjunto de arranjos que permitam instigar a produção local e com isso endossar a geração de emprego e renda no meio rural, ocasionando assim reflexos positivos na cidade.

A vocação das nossas potencialidades agrícolas continuarão sendo a fonte propulsora da economia e persistirão medidas importantes para o crescimento conforme apontam os Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) para o produto interno bruto (PIB).

Para endossar, trago números levantados pelo Nupens–USP (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo), demonstrando um crescimento no consumo de frutas, hortaliças e feijão no Brasil durante a pandemia. A pesquisa aponta que cada vez mais as famílias estão optando em consumir alimentos saudáveis. Canguçu atende a todas as peculiaridades nesse segmento, podendo constituir uma base forte de fornecimento de alimentos e fazendo jus ao slogan de Capital Nacional da Agricultura Familiar.

Diante disso, julgo importante observarmos a forma de organização da cultura do tabaco pela Estrutura-Conduta-Desempenho (ECD) da teoria econômica que aborda o comportamento da organização industrial. A cadeia gera renda no meio rural, muito da riqueza na economia local advém dela. Tirar lições da forma como ela está consolidada, nos permite esboçar um plano de otimizar nossa fronteira produtiva e com isso atender de forma eficaz a necessidade dos brasileiros. Dentro desse ponto reitero o crescimento do mercado de fruticultura cítrica. São ótimos promissores na verticalização da produção transformando-os em sucos, congelados e pasteurizados, contribuindo para incrementos na formação bruta de capital fixo e consequentemente na renda.

Assim, é importante haver uma construção de vários atores nesse processo, potencializando as entidades filantrópicas e de ensino que nos cercam, buscando Parcerias Públicos Privados para a indução de fatores que endossem alternativas produtivas capazes de gerar emprego e renda para alavancar a nossa economia.