Canguçu, quinta-feira, 25 de abril de 2024
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Eliézer Timm: A retomada do crescimento frente ao pleito eleitoral

Neste domingo (28), teremos mais um pleito eleitoral para a escolha do Governador do Rio Grande do Sul e do Presidente da República. Pairam várias incertezas das medidas econômicas a serem tomadas para trazer o pleno emprego de volta. Independentemente do resultado, a primeira tarefa a ser tomada é amenizar o Déficit Fiscal.Este fator será […]


Neste domingo (28), teremos mais um pleito eleitoral para a escolha do Governador do Rio Grande do Sul e do Presidente da República. Pairam várias incertezas das medidas econômicas a serem tomadas para trazer o pleno emprego de volta. Independentemente do resultado, a primeira tarefa a ser tomada é amenizar o Déficit Fiscal.

Este fator será crucial para promover o crescimento econômico. Hoje, a dívida interna nacional, de acordo com a Agência Brasil (2018), gira em torno de 75% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, boa parte de tudo o que produzirmos em 2018 vai ser usado para pagar parte da dívida pública de curto prazo! É impossível que um fator tão importante assim seja descartado nas pautas presidenciáveis. Falar em crescimento, sem estancar esse problema, é inviável.

Nos últimos anos, tivemos medidas fiscais contracionistas em nossa economia (aumento dos tributos), penalizando o empregador e, consequentemente, o consumidor, que absorve este custo. As medidas recentes pouco influenciaram na diminuição desta conta. Pelo contrário, contribuíram ainda mais para travar a economia e causaram poucos efeitos sobre a taxa de desemprego.

Assim, renunciamos ao crescimento econômico com a elevação de tributos, gerando ineficiência em sanar o déficit fiscal. Ao decidir ajustar esse mecanismo, crescem as possibilidades de investimentos nos diferentes setores da economia e, assim, aumentam as chances de novos postos de trabalho, o que é primordial para o crescimento econômico.

Na esfera estadual, o cenário não é diferente. Na tentativa de corrigir esta distorção, o atual governo buscou uma série de medidas para tentar amenizar o caixa do Rio Grande do Sul, como a renegociação da dívida com a união e a proposta de adesão ao regime de recuperação fiscal. Este procedimento, porém, exige uma série de contrapartidas da União, em especial, a adesão a planos de privatizações estatais, os quais geram medidas antipopulares.

Assim, nos próximos 4 anos, os postulantes aos principais cargos políticos terão uma tarefa nada fácil: trazer a economia de volta ao eixo com aumento do emprego e controle de suas contas. Evidentemente que uma reforma tributária deverá ser a principal pauta a partir de janeiro de 2019.