Canguçu, terça-feira, 23 de abril de 2024
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Denis Bubolz: não quero ter diabetes

Não quero ter diabetes! Sou filho e neto de diabéticos tipo 2. A genética é um fator importante nesse caso, pois é uma “herança” que recebemos de nossos pais. Os dois, pai e avô, faleceram respectivamente aos 54 e 68 anos, em decorrência dessa doença silenciosa, mas que extrai lentamente do corpo humano a vitalidade […]


Não quero ter diabetes!

Sou filho e neto de diabéticos tipo 2. A genética é um fator importante nesse caso, pois é uma “herança” que recebemos de nossos pais. Os dois, pai e avô, faleceram respectivamente aos 54 e 68 anos, em decorrência dessa doença silenciosa, mas que extrai lentamente do corpo humano a vitalidade até o último fôlego de vida, se não a cuidarmos do modo correto. Meu avô sofreu a amputação das duas pernas, e, meu pai, somente do membro inferior esquerdo. Além disso, os dois partiram quase sem enxergar.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 16 milhões de brasileiros sofrem de diabetes e a taxa de incidência da doença cresceu 61,8% nos últimos dez anos. São números alarmantes e que precisam ser mais bem analisados pelos órgãos de saúde. Nossa forma de viver determina claramente as chances de termos essa doença. Maus hábitos alimentares e a falta de prática de exercícios físicos (sedentarismo) são os maiores causadores desta que vem sendo considerada um dos males do século.

Meu pai foi diagnosticado com a “bandida” (apelido carinhosamente dado a diabetes por mim) aos 34 anos. Viveu mais 20, sempre com tratamentos que não surtiram muito efeito. Nem ele gostava de algum daqueles tratamentos de privações e rotinas que, na verdade, parecem bastante chatas. Viver com o diabetes é como ter uma arma calibre 38 apontada para si a todo momento.

Entendi desde cedo que o próximo da lista seria eu. Decidi não me tornar um diabético aos 14 anos de idade, pois já fazia o controle da glicemia através de exames. Existia essa prática dentro da família, pois via meu pai e avô coletando sangue quase que semanalmente. Para mim, sempre foi muito tranquila essa rotina. Aos 30, percebi que meus exames estavam, um pouco, alterados, sendo quase um pré-diabético. Embora sempre praticando esporte, entendi que a alimentação deveria de ser mais bem cuidada. E foi isso que fiz.
Foto: arquivo pessoal

A prática regular de exercícios físicos, bem como uma alimentação balanceada fazem parte de qualquer rotina de uma pessoa que tenha diabetes ou que não queira ter. Hoje, com a glicemia controlada, percebo o quanto é bom mantermos bons hábitos alimentares, bem como praticar exercícios de 3 a 4 vezes por semana.

Para aqueles que já tem essa doença, deixo minhas considerações finais: cuidem-se! Não espere o médico exigir de você as boas práticas para ter uma saúde melhor. Todos nós somos donos de nossas escolhas. E a luta para se manter bem é antecipar-se aos problemas. Uma boa alimentação, com menos açúcares, carboidratos, comidas industrializadas, álcool e a prática regular de exercícios físicos fará de você uma nova pessoa!

Espero ter ajudado alguém. Um forte abraço!!!