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Versatilidade musical: conheça o trabalho de seis músicos canguçuenses

Por: Monique Souza

O frio e a calmaria do fim de semana. A combinação por si só já é capaz de trazer a sensação de aconchego. Mas o que mais casa bem com esses dois elementos? Uma música boa.

Pensando nisso, e também em valorizar músicos ligados ao município, o Canguçu Online traz a seguir seis artistas – entre tantos outros da cidade – que comprovam o talento de nossos representantes na cena cultural.

Uilson Paiva – “Na barriga da minha mãe eu já ouvia meu pai tocando”

Foto: divulgação

Filho do seresteiro Paulo Peixe, Uilson lembra de adormecer no colo da mãe durante as festas em que o pai tocava com o Trio Serenata em Canguçu. Despertou seu gosto pela música desta forma, desde muito cedo ouvindo seu pai tocar. “Na verdade, acho que na barriga da minha mãe eu já ouvia meu pai tocando”, comenta.

Aos seis anos de idade, Uilson se mudou para Pelotas e já na adolescência ganhou sua guitarra. Participava de bandas e tocava em bares da cidade. Com formação em Jornalismo, atualmente Uilson mora no interior do Paraná e tem outra atividade profissional, na área de sustentabilidade. Não vive apenas da música, mas afirma: “A música vive em mim.”

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Jeff Soares – “Sou um resistente”

Foto: divulgação

Em meados de 2001, Jeff estava estudando informática e nas horas vagas gostava de escrever poesias. A ideia de formar uma banda surgiu quando Jeff compartilhou alguns de seus poemas com seu professor. A banda, que a princípio se chamava Recruta Zero, passou a se chamar Antidotto Base e contava com Leonardo Vitienzo na guitarra, Augusto Centeno, no baixo e bateria, Fernando Noschang, na bateria, e o próprio Jeff, como vocalista e letrista. Jovens e cheios de ideias para fazer a cena cultural de Canguçu acontecer, a criação da banda foi um grande marco em suas vidas. Em 2009, lançaram álbum homônimo.

A banda teve outras formações até 2016, quando encerrou as atividades. Atualmente Leonardo continua trabalhando com música: é guitarrista e vocalista da banda SetSkin. Augusto Centeno é advogado. Fernando mora em Novo Hamburgo e mantém alguns projetos musicais e, Jeff, continua trabalhando com música. Já gravou dois discos solo, é vocalista das bandas South Hammer e Espectro, escreve para sites de música, é radialista e está produzindo um curta-metragem que trata sobre o racismo.

Jeff se intitula um resistente por continuar apostando no seu dom pois não vê incentivo para artistas que vivem no interior do Estado. Segundo ele, devido à falta de estímulos “a música ou qualquer outra expressão artística fica relegada a espaços mínimos, não evolui e geralmente morre na casca”. Ele também deixa claro: “Incentivo não é dinheiro, é ajudar a construir!”

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Charles Busker – “Toco músicas velhas e boas: umas não tão velhas, umas não tão boas”

Foto: divulgação

Charles começou a tocar violão aos 17 anos de idade e conta que a música sempre fez parte da sua vida. No ano 2000, se mudou para Porto Alegre onde trabalhava como técnico em eletrônica. Começou a tocar com colegas de trabalho e, a partir daí, a música foi ganhando um papel cada vez maior até que em 2008 tornou-se sua única fonte de renda. Tocava diariamente nas ruas, praças e parques da Capital. No repertório, estavam as músicas que costumava ouvir quando era mais novo e ainda morava no interior.

Com a chegada da pandemia, voltou para Canguçu e relata que teve certa dificuldade para levar internet até o sítio onde reside, na Coxilha dos Campos, mas reconhece as vantagens de retornar à sua terra. Aqui, encontra paz e cenários maravilhosos para os vídeos e lives que produz ao lado da esposa Letícia e de seus filhos: Scarlett, de seis anos, e os gêmeos, John e George, de três.

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Maurício Barbosa – “Desde os 13 anos estou envolvido diretamente com a música”

Foto: Duarte Fotografia

Nascido em uma família de músicos, Maurício já estava inserido nesse meio desde muito cedo e conta que suas primeiras apresentações em festas aconteceram aos 13 anos de idade, quando de fato iniciou sua carreira profissional ao lado da Banda Nova Geração, fundada pelo pai Almir Sampaio Barbosa.

Em 2019 deu início ao seu projeto e já conta com parceria em gravadora e uma equipe de assessoria. Jovem e com mais de 34 mil seguidores nas redes sociais, Maurício canta os estilos que estão mais em alta no momento.

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Juliano Guerra – o talento precoce de Canguçu

Foto: Felipe Yurgel

Nascido em Canguçu, Juliano viveu por muito tempo na zona rural, 1º Distrito. Aos seis anos de idade ganhou seu primeiro instrumento e, no final dos anos 90, aos 16, já tocava em uma banda de rock chamada Revel. Seu gosto pela música vai além dos gêneros musicais e com a sua facilidade em transitar entre os vários estilos, em 2005 se voltou para o MPB, em especial o samba, no qual fez parte de um grupo chamado Noesis, na cidade de Pelotas.

Em meados de 2010, Juliano encontrou a Banda Sapatinho e deu início a algo que ia além de uma parceria de trabalho, mas sim uma amizade que lhe rendeu bons frutos, entre eles o contato com músicas mais populares. Foi nesse período que deu início à tradicional Roda de Samba do CRA, um projeto despretensioso no qual tocavam clássicos aos sábados, mas que com o tempo começou a reunir cada vez mais pessoas e acabou se tornando um marco importante na cultura de Canguçu.

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Charles Rosa – “Cada uma de minhas composições traz um pouco do meu sentimento e da minha musicalidade”

Foto: divulgação

Charles começou na música como vocalista da Banda Sapatinho. Chegou no segundo ano da banda, em meados dos anos 90, e a acompanhou por dez anos, cantando em diversos locais da cidade e também em outros municípios da Região Sul. Logo depois formou outra banda, chamada Toque Sul, na qual cantou por mais dois anos. Porém, após isso ele faria uma longa pausa em sua carreira musical para seguir a sua profissão como militar.

Foi em 2020 que Charles voltou a compor músicas e resgatou sua musicalidade. Já lançou dois álbuns, totalizando nove músicas de sua autoria que estão disponíveis em todas as plataformas digitais. Atualmente conta com 17 composições a serem lançadas e continua compondo.

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