Canguçu, terça-feira, 30 de abril de 2024
Menu

Polícia Civil investiga crimes contra a administração pública em Canguçu

A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta quinta-feira (27), 16 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Viamão e Cachoeirinha, na Região Metropolitana, Osório, no Litoral Norte, e em Canguçu.A investigação, que começou há um ano, apontou crimes contra a administração pública e de associação criminosa no Departamento de Habitação (DEMHAB) de Porto Alegre.A […]


A Polícia Civil cumpriu, na manhã desta quinta-feira (27), 16 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Viamão e Cachoeirinha, na Região Metropolitana, Osório, no Litoral Norte, e em Canguçu.

A investigação, que começou há um ano, apontou crimes contra a administração pública e de associação criminosa no Departamento de Habitação (DEMHAB) de Porto Alegre.

A RBS TV fez contato com a Conterra Construções e Terraplanagem, empresa alvo da operação. Por telefone, o advogado Jonatan Justo da Silva informou que “não houve superfaturamento na obra e a Conterra está contribuindo com as investigações da polícia”.

Em nota, a Prefeitura de Porto Alegre informou que recebeu as informações do Tribunal de Contas do Estado em 2017 e que diante da “análise da gravidade dos fatos que se apresentavam foi aberta uma sindicância interna para apuração detalhada dos fatos apontados pelo TCE”.

De acordo com a prefeitura, todas as informações foram encaminhadas ao Ministério Público e Polícia Civil (veja a nota na íntegra abaixo).

Segundo a polícia, documentos apresentados pelo Ministério Público de Contas do Rio Grande do Sul apontaram irregularidades em licitações dos loteamentos Bom Fim e Irmãos Maristas.

A empresa, que foi contratada para preparar lotes que receberiam os condomínios, teria superfaturado o serviço e cobrado por outros que não foram feitos. De acordo com o Tribunal de Contas, o prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 6 milhões.

Segundo a investigação, o esquema envolveu, além dos sócios da empresa contratada, ex-gestores do DEMHAB e também engenheiros que deveriam fiscalizar os trabalhos.

O delegado Max Otto Ritter, responsável pela investigação, informou que foram apreendidos, com os investigados, documentos, celulares, notebooks, quatro armas e munições.

Mandados foram cumpridos em Porto Alegre, Viamão, Cachoeirinha, Osório e Canguçu (Foto: Polícia Civil)


Nota da Prefeitura de Porto Alegre

A atual gestão do Departamento Municipal de Habitação (DEMHAB), em 2017, recebeu os apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), diante das informações chamou todos os ex-fiscais do projeto e os funcionários envolvidos para esclarecimentos.

Com a análise da gravidade dos fatos que se apresentavam foi aberta uma sindicância interna para apuração detalhada dos fatos apontados pelo TCE. Todas as informações foram encaminhadas ao Ministério Público e Policia Civil para as devidas providências que agora resulta neste desdobramento com a operação Mancha Verde.

A atual gestão da prefeitura e do Demhab não aceitam qualquer tipo de irregularidade na administração pública. Todas as informações que embasam as investigações foram repassadas aos órgãos competentes com nossa inteira colaboração. E continuaremos colaborando com toda investigação, de qualquer ato que possa parecer irregular, em qualquer setor da administração pública municipal.